MANIFESTO PARA A CRIAÇÃO DA BRIGADA DA EDUCAÇÃO, CULTURA, ASSISTÊNCIA SOCIAL, MORADIA POPULAR, DIREITOS HUMANOS  E SAÚDE PELA VIDA – AS BRIGADAS PELA VIDA DE SÃO PAULO
JUSTIFICATIVA: Esse manifesto é também um chamamento para que profissionais e militantes das áreas  da Educação, Cultura, Assistência Social,  Moradia, Direitos Humanos e Saúde façam adesão ao plano aqui exposto, que tem como princípio a Defesa da Vida, tanto na ação emergencial de luta contra a expansão da pandemia do Covid 19 como a da garantia do suprimento dos itens básicos para a sobrevivência (alimentação e produtos de higiene) da população das áreas mais empobrecidas da cidade.
HISTÓRICO: A Referência das Brigadas Emergenciais do Nordeste: Esse manifesto é também um chamamento para que colegas da Educação, Cultura e Saúde façam adesão ao plano aqui exposto. Inicialmente cabe frisar que essa Brigada criada para atuar na Cidade de São Paulo é inspirada na ação agora realizada pelo Consórcio Nordeste, união dos nove governos estaduais da região que   criou a Brigada Emergencial de Saúde. Essa Brigada, a do Nordeste, promoverá dentre outras ações, a convocação de médicos brasileiros formados no exterior para atuar no combate à Covid-19. Sob a coordenação do neurocientista Miguel Nicolelis a Brigada Emergencial de Saúde, além de convocar médicos brasileiros formados no exterior, também recrutará  profissionais da saúde e estudantes de graduação, com o  objetivo de assegurar a prevenção e a assistência à saúde da população afetada pela pandemia na região.
A PROPOSTA DA BRIGADA PARA A CIDADE DE SÃO PAULO: E como essa experiência da resistência nordestina contra a ameaça da pandemia pode inspirar nossa cidade de São Paulo? Pensamos que em São Paulo, especialmente na periferia e áreas em que residem os moradores mais socialmente vulneráveis devem ser formadas Brigadas com profissionais e militantes das áreas da Educação, Assistência Social, Cultura, Movimentos de Moradia Popular e Direitos Humanos e  Saúde pela Vida. Não Brigadas que sejam necessariamente físicas, presenciais nesse momento, em respeito ao distanciamento social necessário, mas que funcionem agora como brigadas digitais. Brigadas digitais pela vida, como forma de conter a influência genocida das milícias digitais que disseminam a morte ao espalhar fake News que confundem a população. Vale lembrar que os mesmos grupos que minimizam os riscos da pandemia são aquele que antes da ameaça do Covid 19, já relativizavam, minimizavam a brutalidade cometida contra as mulheres, crianças, adolescentes, população LGBT, negros, indígenas e pobres na sociedade. E até apoiavam e apoiam a violência contra esses segmentos sociais.
A LUTA CONTRA AS MILÍCIAS DIGITAIS: Sabemos que as milícias digitais, muito ativas e certamente bem financiadas que infestam as redes sociais prestam um papel criminoso de se aliar às milícias armadas, físicas, no extermínio da população pobre. As milícias que atuam com armas de fogo, ameaçam e tiram vidas com disparos de bala. As milícias digitais tiram vidas com disparos de mentiras pelas redes sociais. Ambas as milícias são criminosas.
A UNIÃO DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA, DA ASSISTÊNCIA SOCIAL, DOS MOVIMENTOS DE MORADIA POPULAR, DOS DIREITOS HUMANOS  E DA SAÚDE NOS TERRITÓRIOS: Para conter essas milícias digitais que espalham mentiras, resultando em mortes, sugerimos a criação de Brigadas pela Vida, formada por profissionais e militantes das áreas da Educação, Cultura,  Assistência Social, Moradia, Direitos Humanos e Saúde que conjuntamente com os movimentos sociais e sindicais que já atuam em socorro à população mais pobre possam atuar no serviço de orientação das famílias para que efetivamente seja respeitado o distanciamento social. Lembrando sempre que essas populações mais vulneráveis aos riscos da pandemia, também são alvo da violência que historicamente atinge as crianças, adolescentes, mulheres, negros, indígenas e pobres no Brasil.
O MOMENTO FUTURO DAS BRIGADAS FÍSICAS: Aliás, essa Brigada proposta, no momento em formato digital, pode, uma vez superada a fase da quarentena e distanciamento, se reverter para um formato permanente com o objetivo de também promover ações solidárias às famílias mais empobrecidas, em seus territórios.

PLANO PARA CONSTITUIÇÃO DE COMUNIDADES DE APRENDIZAGEM E BRIGADAS EMERGENCIAIS DA EDUCAÇÃO, CULTURA, ASSISTÊNCIA SOCIAL, MORADIA, DIREITOS HUMANOS  E SAÚDE PELA VIDA NAS PERIFERIAS DE SÃO PAULO
OBJETIVOS:
Construir Comunidades de Aprendizagem em territórios da periferia e demais áreas socialmente vulneráveis da capital de São Paulo. Existem várias definições de Comunidade de Aprendizagem desde as que se restringem à comunidade escolar até as mais abrangentes, com as quais concordamos, sendo uma delas a do
o educador José Pacheco, idealizador da Escola da Ponte,  em Portugal, e apoiador do Projeto  ncora, em Cotia (SP), segundo o qual,  Comunidades de Aprendizagem não são projetos de escolas, mas justamente a superação do modelo educacional baseado em aulas, séries e disciplinas.  Para o educador, as Comunidades de Aprendizagem são “práxis comunitárias baseadas em um modelo educacional gerador de desenvolvimento sustentável. É a expansão da prática educacional de uma instituição escolar para além de seus muros, envolvendo ativamente a comunidade na consolidação de uma sociedade participativa.”

- Comunidades que nesse momento, por conta da quarentena, sejam digitais, mas que tenham pequenos territórios como referência ( onde haja uso comum de equipamentos públicos como Escolas e Postos de Saúde); mas que tenham como objetivo já anunciado a reconstituição de comunidades físicas, que mais para a frente se encontrem presencialmente para: Confraternização, estudo de problemas da comunidade e encaminhamento de ações sociais e culturais;

Constituir nas regiões da periferia e áreas socialmente vulneráveis do centro expandido Brigadas da Educação, Cultura , Assistência Social, Moradia Popular, Direitos Humanos e Saúde pela Vida (Com nome abreviado para Brigadas pela Vida) que terão uma ação articulada para levar, por meios digitais, no momento, informações com base científica que visem conter o avanço da pandemia nessas regiões, enfrentando nos territórios, as ações das milícias digitais que enfraquecem a orientação para evitar o contágio.
Essas Brigadas Digitais serão integradas por militantes das áreas citadas e atuarão com o propósito educativo, portanto intencional, planejado e articulado nas comunidades e territórios, em parceria com os grupos populares organizados nessas comunidades. Para isso, a Brigada será organizada por grupos: os Grupos Locais (por subprefeitura) e os Grupos Temáticos (o Grupo  Temático Artístico/Cultural, o Grupo Temático Social, o Grupo Temático da Moradia, o Grupo Temático dos Direitos Humanos, o Grupo Temático da Saúde e o Grupo Temático da Educação). Num primeiro momento, dada a predominância de educadores dentro da Brigada, os educadores deverão priorizar a atuação nos Grupos Locais para colaborar no fortalecimento da ação territorial. Os integrantes da Brigada que atuarem em vários Grupos (os Locais e os Temáticos) constituirão um Grupo de Articulação.
Principais ações iniciais : Divulgação permanente do número de óbitos suspeitos de Covid 19, por distrito da capital, monitorando a existência de leitos de UTI por regiões;
Promover informes didáticos assinados pelos técnicos das Brigadas e lideranças comunitárias que sejam reconhecidas pelas respectivas comunidades. Produção também de peças culturais que combatam as violências que já eram cometidas e continuam atingindo as crianças, adolescentes, mulheres, população LGBT, negros, índios e pobres. Com isso, diferentemente das milícias digitais que se escondem atrás do anonimato para espalharem mentiras, as brigadas que trabalharão com dados oficiais e científicos, portanto, de forma legal, poderão mostrar suas caras para reconhecimento comunitário local.

METAS:
Construir Comunidades de Aprendizagem, por bairro, tendo como referência nuclear todas as escolas, unidades básicas de saúde, hospitais, postos de atendimento social, espaços e/ou coletivos culturais,  onde existir a atuação de algum (a) integrante da Brigada. Comunidades que, nesse período do distanciamento social, será digital, se organizando por grupos de Whatsap, grupos no face e plataformas variadas de comunicação; alcançando ao final do ano de 2020, pelo menos uma Comunidade de Aprendizagem por distrito do Município de São Paulo.
Constituir para atuar dentro das Comunidades de Aprendizagem, Brigadas  pela Vida, com profissionais e militantes das diversas áreas que integram a Brigada (educação, cultura, assistência social e saúde), alcançando ao final do ano de 2020, pelo menos uma brigada para cada Comunidade de Aprendizagem em todos os distritos do Município de São Paulo.
Constituir nos dois primeiros meses de existência da Brigada a partir de seu lançamento (maio e junho de 2020) Grupos locais da Brigada e temáticos em todos as subprefeituras de São Paulo se organizando para no período posterior (a partir de julho) organizar Grupos locais e temáticos por distrito.
Já a partir do lançamento, em maio de 2020, produzir e divulgar peças digitais (vídeos, podcasts, cards, etc) por subprefeitura e distritos com dados e orientações relacionadas à pandemia do Covid 19, com sujeitos com atuação em cada localidade (diretores, coordenadores, professores e supervisores de escola, agentes de saúde, ativistas culturais, trabalhadores da Assistência.

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