Opinião, Contos & Crônicas |
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por: Daniel Carvalho de Almeida
29/08/2015
Convidam-me a escrever um sublime poema
as manhãs que nascem
as macieiras que florescem
o barco que se despede do cais
e os seios quentes que me servem doses de delírio
Mas ainda a rima de meu poema é como o metal soa
ou o sino que tine em vão
Enquanto preencho o muro branco diante de mim
uma rajada de vento derruba as macieiras
e o mar furioso e intolerante tenta engolir o barco
Enquanto as nuvens encobrem o voo dos pássaros em meus versos,
o frio encobre um menino que vende balas no farol.
Dentro do muro branco
o poeta tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta
Suporta até a dor que não é sua...
ele fala como o menino, sente como o menino, discorre como o menino...
Ainda que meu poema fosse escrito na língua dos anjos,
se não tiver amor pelo outro,
ele nada seria.
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